terça-feira, 30 de abril de 2013

Caos

Sons que dificultam os sentidos...
Pegue minha mão,
Posso te mostrar o inferno ou o paraíso
Altos e baixos, ingredientes dessa confusão
Se interiormente me deixar mostrar
A fada ou a bruxa pode encontrar
O caos e o equilíbrio, lutando pelo mesmo espaço
Você será capaz de me livrar de todo esse fiasco?
Um turbilhão pronto para te afundar
Ou uma doce brisa pronta para te resgatar
Jogue os dados para apostar
Sorte ou azar é o que irá encontrar
Feche os olhos e confie nos sentidos
Ou saia correndo com medo do perigo
Solte minhas mãos se não puder suportar
O que seus olhos possam te mostrar
E o que seu coração pode sentir
Pode fugir se não puder digerir
Sou como um mar violento que logo vira maresia
Não vou te culpar se não puder ficar
Apenas não finja uma falsa sintonia
Você não é alguém que possa me salvar
Desentrelace os dedos, fuja com medo
Só não use pequenos pretextos...
Não precisa fingir que tentou...
Por que sabemos muito bem como de fato se comportou
E devemos aceitar...
Às vezes, o para sempre é uma mentira que serve para te fazer lamentar...

Desvaneios


 Quando que o conteúdo foi substituído pelas aparências? Sonhamos com os casamentos de antigamente, por serem mais duradouros e felizes, mas acabamos por nos esquecer de que antigamente era tudo questão de fachada, tudo arranjado, esquematizado pela própria família por interesses em bens e propriedades... Então que antigamente é esse que idealizamos em nossos pensamentos? Casamentos secretamente infelizes moldados para serem vistos como perfeitos. Felicidade vendida, amor comprado... Vislumbramos o passado como correto em muitas coisas, mas nos deixamos esquecer que garotas não poderiam se dar ao luxo de amar, garotas não poderiam se dar ao luxo de serem livres, de pensar e de agirem por si mesmas... Garotas infelizes em seu casulo inquebrável, vendo seus maridos traindo-as, humilhando-as, menosprezando-as, sem poderem dar ao menos um grito de socorro. E o que tem de diferente no hoje, no agora? Por que no presente os casamentos não duram? Acabou o medo, acabou a ditadura de que as mulheres deveriam ser presas em seus casamentos. Independentes, lutando pela sua felicidade. É isso o que mudou. É por isso que talvez não dure tanto como antes. O pouco já não satisfaz mais, querem mais, querem a felicidade de verdade, a liberdade de verdade, um amor de verdade. As correntes foram quebradas, seus gritos agora podem ser ouvidos. O antigamente é tão podre quanto o agora. A única coisa que pode fazer isso mudar é a sua própria forma de pensar, de agir. Se não está satisfeito com esse mundo decadente, mude por você, veja o arco-íris por você. Nunca se reprima por medo ou inseguranças. Tenta, lute... Conquiste, para não se arrepender. Seja feliz, sinceramente feliz, imensamente feliz, uma felicidade que só você era merecedora.